Deus tem bombardeado isto em meu coração nestes dias.
Temos andado muito preocupados com nós mesmos e com nossa imagem, com que os outros vão pensar de nós e do que nós fazemos ou deixamos de fazer. Talvez por vaidade, talvez por cobrança excessiva dos outros, talvez por cobrança excessiva de nós mesmos. Seja por qualquer motivo, isso me cheira à insegurança, até mesmo à carência. O fato é que não dá pra viver assim, sob esta pressão constante da análise e da aprovação alheia. E lá vem a boa notícia: Deus nos ama e nos aceita do jeito que somos!
Eu sei que às vezes eu falo demais (tá bom, quase sempre eu falo demais!) e alguns podem interpretar as coisas que eu falo não exatamente da maneira correta. Ás vezes eu penso: 'ih, acho que fulaninho interpretou mal/ não entendeu o que eu quis dizer... será que ele tá achando isso/ aquilo de mim? Devia ter ficado quieta'. Mas logo depois penso: e desde quando é a 'imagem' que as pessoas têm de mim é mais importante do que a realidade de quem eu sou? Nem todos vão concordar comigo e também não tenho a pretensão e a vaidade de querer isso, ou de querer que todos entendam/ aceitem. Eu sei quem sou, e é aos pés do Pai que, à medida que O conheço, vou me conhecendo também, à luz da Sua palavra e da Sua vida. E entre parecer e ser, fico com a segunda opção. Sem sombra de dúvida.
Será que se nós, cristãos, tirássemos a capa de 'santarrice' que às vezes vestimos, com aquela pose de "eu tenho uma Palavra pra sua vida", "eu não peco", "sou superior" ou outras coisas do tipo não atrairíamos mais gente para o Evangelho? Será que essa capa de super-heróis é saudável para nós e para o evangelho? Ser cristão e ser santo não trata-se de não pecar, de não ter falhas (ou escondê-las pra que ninguém as veja). Ser cristão é ser um pecador como outro qualquer, mas um pecador que encontrou a salvação, cura, consolo, redenção. Nossa pose de "super-crentes" afasta mais do que atrai. Se estivéssemos mais preocupados em ser nós mesmos, se nos preocupássemos mais em sermos amados pelo Pai do que em sermos aceitos pelos outros, muitos mais se achegariam a nós...
Com amor.
